Garota desbocada é um espaço visualmente tosco, ideologicamente irreverente, em que posto artigos politicamente incorretos sobre as minhas insatisfações e inquietações. Se quiser rir e praguejar comigo, entre e fique à vontade RS
Sim, gosto de pessoas que me tiram do personagem. Que me desnudam como a uma cebola , puxando camada por camada das minhas cascas frágeis sem nunca chegar ao meu âmago.
Sim, gosto de pessoas que me tiram do personagem. Mais do que isso. Que sabem quem é o personagem e quem sou eu de fato. Gosto mais ainda daqueles que assumem que não sabem dizer onde está o meu "eu" de verdade.
Sim, gosto de pessoas que me tiram do personagem. Que me tiram para dançar de forma passional e despreocupada. Que me olham sem me levar muito a sério enquanto num beijo longo e denso sorvem o meu veneno.
Sim, gosto de pessoas que me tiram do personagem. Que me desafiam a passar mais camadas de pancake na alma. Que me obrigam a ensaiar gestos novos para fugir da mesmice tediosa dos gestos de sempre.
Sim, gosto de pessoas que me tiram do personagem. Que me despem a fantasia num gesto erótico. Que me levam a sério deglutindo um vinho despreocupadamente. Que se entregam como quem se atira da beira de um abismo.
Sim, gosto de pessoas que me tiram do personagem. Que me desmascaram. Que mostram que sou uma farsa, uma cópia grotesca e cínica de mim mesma.
Sim, gosto de pessoas que me tiram do personagem. Que me fazem viver novas possibilidades, tão farsescas quanto as minhas encenações de sempre.
Sim, gosto de pessoas que me tiram do personagem. Que ocupam o meu lugar no proscênio. E depois me puxam pelas mãos, novamente para o centro.
Sim, gosto de pessoas que se embolam com os meus personagens, brincando com cada um deles, numa espécie de jogo louco de espelhos.
Sim, gosto de pessoas que me tiram do personagem. Que me desnudam como a uma cebola , puxando camada por camada das minhas cascas frágeis sem nunca chegar ao meu âmago.
Sim, gosto de pessoas que me tiram do personagem. Mais do que isso. Que sabem quem é o personagem e quem sou eu de fato. Gosto mais ainda daqueles que assumem que não sabem dizer onde está o meu "eu" de verdade.
Sim, gosto de pessoas que me tiram do personagem. Que me tiram para dançar de forma passional e despreocupada. Que me olham sem me levar muito a sério enquanto num beijo longo e denso sorvem o meu veneno.
Sim, gosto de pessoas que me tiram do personagem. Que me desafiam a passar mais camadas de pancake na alma. Que me obrigam a ensaiar gestos novos para fugir da mesmice tediosa dos gestos de sempre.
Sim, gosto de pessoas que me tiram do personagem. Que me despem a fantasia num gesto erótico. Que me levam a sério deglutindo um vinho despreocupadamente. Que se entregam como quem se atira da beira de um abismo.
Sim, gosto de pessoas que me tiram do personagem. Que me desmascaram. Que mostram que sou uma farsa, uma cópia grotesca e cínica de mim mesma.
Sim, gosto de pessoas que me tiram do personagem. Que me fazem viver novas possibilidades, tão farsescas quanto as minhas encenações de sempre.
Sim, gosto de pessoas que me tiram do personagem. Que ocupam o meu lugar no proscênio. E depois me puxam pelas mãos, novamente para o centro.
Sim, gosto de pessoas que se embolam com os meus personagens, brincando com cada um deles, numa espécie de jogo louco de espelhos.
Sílvia Marques é escritora, professora doutora e escreve regularmente na Obvious. Viciada em café, chocolate, vinho barato, dias nublados, filmes bizarros e pessoas profundas.
Se a postagem de hoje tivesse trilha sonora, concerteza seria "Meu Doce Vampiro", da Rita Lee. Foi o que me veio em mente enquanto eu lia cada palavra. Pq, associei as palavras chaves do texto com a música e me veio em mente um personagem, o vampiro.
ResponderExcluirNo cinema, na minha opinião, não tem personagem mais sedutor que um vampiro. Não falo desse que brilha no escuro e briga com um lobo. Nem daquele sanguinário e feroz. Mas, sim, daquele sedutor. Que sabe escolher as palavras certas pra te dizer em quanto bebem uma garrafa de vinho. Daquele que desvenda os seus pensamentos e invade os seus sonhos mais profundos. Que sente o calor do corpo da mesma forma que sente o seu sangue pulsando dentro dele. E com aquele único beijo intenso ele pode matar a sede dele insaciável. Sugando o nosso único veneno, o desejo intenso de amar. Foi o que eu conseguir tirar do texto de hoje.
Gente! Eu fui longe na imaginação e na interpretação da sua postagem. Haha! Mas, adorei! Bjs!
Os seus comentários são um show à parte RS Me delicia saber que desperto em vc pensamentos tão insanos RS
ResponderExcluirHaha! Imaginei que fosse rir desse meu comentário insano. Pra mim a madrugada é o momento de pensamentos mais insanos. No instante em que perco o sono e fico sozinha comigo mesma os pensamentos tomam conta. E observar e sentir nesses momentos sempre fica mais fácil pra mim.
ResponderExcluirMe colocar no lugar do personagem e sentir o que se passa com ele é o melhor ato de compreensão. Foi o que fiz na sua última postagem. Coloquei meus fones e enquanto lia novamente o texto escutando as duas músicas citadas. E me sentia um pouco a Jeanne e um pouco a Sílvia. Talvez, isso é o que seja insano nos dias de hoje. Se colocar no lugar do outro, num mundo que anda tão egoísta. Onde ninguém para pra sentir e observar os sentimentos do próximo. Essa é a minha melhor insanidade! rs! Bjs!
Mais uma vez me sinto impelida a dizer que os seus comentários são um show à parte RS são desdobramentos deliciosos dos meus textos que geram novas ideias e suscitam novas sensações. Que barato vc ler o texto ouvindo as músicas RSRS é como se vc estivesse estabelecendo realmente uma conexão energética comigo. Amei!
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