Garota desbocada é um espaço visualmente tosco, ideologicamente irreverente, em que posto artigos politicamente incorretos sobre as minhas insatisfações e inquietações. Se quiser rir e praguejar comigo, entre e fique à vontade RS
Um incidente aparentemente bem insignificante me irritou bastante hoje. Costumo adicionar pessoas que não conheço no Facebook. Quase todos são meus leitores e com alguns acabei desenvolvendo uma amizade virtual. Uma espécie de rede de apoio mútuo para aguentar as pancadarias da vida.
Quando agradecem o meu sim, quase sempre respondo seja bem vindo, pois sinto isso mesmo. Gosto que as pessoas se sintam à vontade na minha página.
Hoje respondi ao chamado de alguém que julgava ser um dos meus leitores. Mas não. Ele nem sabia que eu era escritora e disse que me adicionou porque me achou bonita. Nooossa! Eu teria adorado ouvir isso com 15 anos de idade.
Mas o pior não foi isso: começou a me fazer mil perguntas como se eu fosse uma vaca à venda. Queria saber se era casada, se tinha filhos , quantos anos tinha...e o mais bobo da situação é que não omito a minha idade no Facebook. Se ele tivesse gasto um minuto para olhar o meu perfil teria visto que nasci no dia 17 de junho de 1978.
Fico imaginando as outras perguntas que ele gostaria de fazer se eu não tivesse interrompido a conversa. Talvez me pedisse uma foto com a boca arreganhada para ver se os dentes eram bons, como fazem com cavalos na hora de serem comprados.
O mais interessante é que nos nossos 5 minutos de conversa pelo inbox, ele não disse se era solteiro, divorciado, viúvo , se tinha filhos nem falou a idade dele.
Se os homens soubessem a lista de perguntas que fazemos mentalmente quando estamos conhecendo um homem...aviso aos navegantes! Se mulheres mais velhas entram na menopausa, homens mais velhos entram na andropausa sem falar que muitos ficam com baixíssimo desempenho sexual enquanto uma mulher bem estimulada fica com a corda toda em qualquer idade. É , nós gostamos de sexo sim. E bem feito de preferência. A mulher que diz o contrário é mentirosa ou doente. Ou ainda...não está assim tão interessada no namorado...
Se os homens não querem mulheres com filhos, muitas de nós também não queremos abrir mão de um final de semana romântico para ficar fazendo média para filho problemático e mimado do namorado.
Se os homens não querem uma mulher com um ex-marido encrenqueiro correndo atrás da namorada, nós também não queremos suportar as sabotagens de ex-namoradas. E vamos combinar: ex-namorada costuma dar muito mais defeito do que ex-namorado porque nós somos muito mais loucas, tortuosas e vingativas RS
Se homens estão o tempo todo pensando em beleza, nós também queremos um cara atraente , inteligente , bom papo, que não nos mate de tédio com 5 minutos de conversa.
Alguém quer me perguntar alguma coisa? RS
Alguém quer me perguntar alguma coisa? RS
Sílvia Marques é escritora, professora doutora e escreve regularmente na Obvious. Viciada em café, chocolate, vinho barato, dias nublados, filmes bizarros e pessoas profundas.
Quer Tequila? pra responder essas perguntas? RS!! Puts!! São sempre as mesmas perguntas. Eles parecem que cursam a mesma instituição de ensino de "como conversar besteiras com uma mulher". Já apareceram vários também na minha página do Facebook. Tem horas que dar vontade de rir das criaturas que aparecem.
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ResponderExcluirEu costumo ser super educada, Darlin. Mas confesso que comecei a ficar meio sem paciência. Perguntar se é casada, tudo bem. Eu entendo. Mas perguntar se tenho filhos, a minha idade...para quê? Para saber se eu sou preencho os requisitos? Se eu sou boa o suficiente para ele? No entanto, eu tava de boa escrevendo meus textos e foi ele que se interessou. Os homens estão se achando muito na minha opinião. Tô ficando sem saco. Tô virando imã de gente sem noção RSRS
ResponderExcluirBem, mesmo me sentindo intimidado após ler o texto confesso que vim aqui para procurar algo e ainda não encontrei (perdoe-me se já tiver publicado sobre o tema, mas no "obvious" não encontrei nada), por tal motivo tenho que perguntar: Você tem ou não tem filhos? rs Estou brincando. Na verdade me refiro à sua crítica (ou algum texto, comentário ou algo do tipo) sobre "The Great Gatsby". Não sei se você se interessou pelo livro ou pelo filme, mas gostaria de saber sua opinião a respeito, caso o conheça. Recentemente assisti um vídeo de uma professora da USP no youtube afirmando que a história seria sobre o "sonho americano", que esse seria o "tema central" da obra e etc... Como não concordei muito e vi que concordamos sobre o "idealismo romântico" (eu que comentei seu texto lá no "obvious" e por isso cheguei até aqui...rs), gostaria de arregimentar aliados que sustentem se tratar sim sobre o amor, e que o amor e o romance (ainda que, de certa forma, platônico) são o centro da trama, muito embora haja a questão do "sonho americano" como pano de fundo. Enfim, confesso que é um dos meus livros/filmes prediletos e sua opinião seria importante para mim. Parabéns pelos textos. Abraços!
ResponderExcluirBem, mesmo me sentindo intimidado após ler o texto confesso que vim aqui para procurar algo e ainda não encontrei (perdoe-me se já tiver publicado sobre o tema, mas no "obvious" não encontrei nada), por tal motivo tenho que perguntar: Você tem ou não tem filhos? rs Estou brincando. Na verdade me refiro à sua crítica (ou algum texto, comentário ou algo do tipo) sobre "The Great Gatsby". Não sei se você se interessou pelo livro ou pelo filme, mas gostaria de saber sua opinião a respeito, caso o conheça. Recentemente assisti um vídeo de uma professora da USP no youtube afirmando que a história seria sobre o "sonho americano", que esse seria o "tema central" da obra e etc... Como não concordei muito e vi que concordamos sobre o "idealismo romântico" (eu que comentei seu texto lá no "obvious" e por isso cheguei até aqui...rs), gostaria de arregimentar aliados que sustentem se tratar sim sobre o amor, e que o amor e o romance (ainda que, de certa forma, platônico) são o centro da trama, muito embora haja a questão do "sonho americano" como pano de fundo. Enfim, confesso que é um dos meus livros/filmes prediletos e sua opinião seria importante para mim. Parabéns pelos textos. Abraços!
ResponderExcluirVc é o Thiago que escreveu um comentário bem poético sobre as pessoas sensíveis? Eu já li o livro "O grande Gatsby" e vi as duas versões cinematográficas. Confesso que gostei mais dos filmes do que do livro. Não sei explicar exatamente o porquê, mas acho que falta um pouco de emoção ao livro. Quanto ao tema, acho que tem muita coisa envolvida. É uma obra bem complexa. Concordo quando diz que O grande Gatsby fala sobre a ingenuidade do amor romântico. Mais do que isso. A obsessão do amor que não se realizou. Para mim, não há nada mais triste do que o se. Pois a gente fica com ideias engessadas na cabeça e não consegue seguir em frente. Sim, em minha opinião, existe também uma crítica ao sonho americano. E levanto mais um tema: a crueldade velada de uma classe marcada por privilégios. A Daisy é apaixonada pelo Gatsby , mas por outro lado, na hora do vamos ver, ela revela se importar muito com o marido pois ambos são farinha do mesmo saco. Eles fazem parte de uma categoria que tem poder para manipular as pessoas e eles manipulam, sem pagar pelas consequências de seus atos. Gatsby, apesar de ser um criminoso, é um tipo ingênuo...é o arquétipo do herói tolo rs eu vejo uma grande similaridade entre Gatsby e a amante do marido de Daisy. São pessoas passionais que quase tumultuaram a hipócrita dinâmica do casal. Para mim, o amor genuíno é o de Gatsby, mesmo que ingênuo. Falando em livros e filmes, vc leu o livro "Revolutionary road"? Ou viu o filme com a Kate Winslet e o Leonardo DiCaprio traduzido como Foi apenas um sonho? Abs
ResponderExcluirP.S Eu não tenho filhos RS
Eu sou o Thiago sim, só não sei se meu comentário foi "poético" RS. Entendo e concordo plenamente com sua colocação. Fiquei injuriado com a fala da dita professora da USP. Acho que ela não soube captar a essência do filme, esse amor ingênuo ao qual vc se referiu. Excelente a percepção da "crueldade velada de classes". Realmente é algo latente que poucos enxergam com nitidez... Outra coisa que me chamou muito a atenção foram os "olhos de Deus", como se a onisciência do Ser supremo e julgador recriminasse as atitudes do Buchanam, da Myrtle e da própria Daisy... Muito obrigado pelo excelente explanação. Eu não li nem assisti o Revolutionary Road ainda não. Esse foi um daqueles em assisti o trailer, gostei, mas acabei negligenciando. Vou assistir e comento depois com vc. Só não sei onde RS. Acha conveniente comentar em algum texto aleatório aqui? Se preferir mando um e-mail (apesar de não tê-lo). Eu não tenho facebook (sou avesso a redes sociais). Mais uma vez obrigado! Abraços!
ExcluirFoi apenas um sonho tem no Netflix. Acho que no Now também. Pelo menos tinha ano passado. Pode ser por e-mail. silvinhaaguetoni@gmail.com
ResponderExcluirAbs!
Foi apenas um sonho tem no Netflix. Acho que no Now também. Pelo menos tinha ano passado. Pode ser por e-mail. silvinhaaguetoni@gmail.com
ResponderExcluirAbs!