Garota desbocada é um espaço visualmente tosco, ideologicamente irreverente, em que posto artigos politicamente incorretos sobre as minhas insatisfações e inquietações. Se quiser rir e praguejar comigo, entre e fique à vontade RS
Em uma época de tanta liberalidade em relação a drogas lícitas e ilícitas, não consigo deixar de pensar que o acaso amoroso dá um barato danado. É bem melhor do que uma margarita alucinógena que meu pai preparou aqui em casa por engano. Colocou tequila demais e ficamos como dois bobos rindo e olhando um para a cara do outro e dizendo : "Ficou muito forte!" e bebendo-a mesmo assim.
Sei que atualmente as pessoas se conhecem pelo Tinder. Racionalmente falando, entendo as vantagens do sistema. Mas como excesso de racionalidade não é o meu forte quando o assunto é relacionamento, acho que parte fundamental do processo vai para PQP.
Quando alguém acessa um troço destes, está a procura de romance. E quando este alguém recebe uma mensagem, também já sabe que este outro alguém quer romance com ele ou ela. Tudo muito previsível...me sinto contratando uma secretária. Olhando e analisando currículos. Ninguém cabe na descrição de um site. E se couber...ai, Meu Deus. Prefiro ficar sem conhecer esta pessoa.
Em meus momentos de fraqueza, chego a recorrer a estes meios , mas 3 minutos e meio depois bate uma fossa danada e sinto vontade de entrar para a ordem das carmelitas descalças só não para não correr o risco de entrar novamente nestes sites e ver um bando de gente carente. Carente ou prática demais, o que pode ser bem pior...
Sempre gostei do imprevisto de me apaixonar por alguém num lugar inusitado, do nada, sem dar muita conta.
Gosto de situações anticonvencionais. Gosto quando as coisas acontecem no momento que menos espero, do jeito mais torto possível.
Gosto quando as coisas fogem do controle, me atropelam, me arrastam pelos cabelos, me trucidam, me jogam contra a parede. Gosto de enfiar os pés pelas mãos, pisar na bola, cair de bunda no chão e me espatifar com a força do acidental.
Mas talvez seja utopia esperar por uma energia tão natural e brutal num mundo como o nosso em que as pessoas terminam namoros por WhatsApp.
Em uma época de tanta liberalidade em relação a drogas lícitas e ilícitas, não consigo deixar de pensar que o acaso amoroso dá um barato danado. É bem melhor do que uma margarita alucinógena que meu pai preparou aqui em casa por engano. Colocou tequila demais e ficamos como dois bobos rindo e olhando um para a cara do outro e dizendo : "Ficou muito forte!" e bebendo-a mesmo assim.
Sei que atualmente as pessoas se conhecem pelo Tinder. Racionalmente falando, entendo as vantagens do sistema. Mas como excesso de racionalidade não é o meu forte quando o assunto é relacionamento, acho que parte fundamental do processo vai para PQP.
Quando alguém acessa um troço destes, está a procura de romance. E quando este alguém recebe uma mensagem, também já sabe que este outro alguém quer romance com ele ou ela. Tudo muito previsível...me sinto contratando uma secretária. Olhando e analisando currículos. Ninguém cabe na descrição de um site. E se couber...ai, Meu Deus. Prefiro ficar sem conhecer esta pessoa.
Em meus momentos de fraqueza, chego a recorrer a estes meios , mas 3 minutos e meio depois bate uma fossa danada e sinto vontade de entrar para a ordem das carmelitas descalças só não para não correr o risco de entrar novamente nestes sites e ver um bando de gente carente. Carente ou prática demais, o que pode ser bem pior...
Sempre gostei do imprevisto de me apaixonar por alguém num lugar inusitado, do nada, sem dar muita conta.
Gosto de situações anticonvencionais. Gosto quando as coisas acontecem no momento que menos espero, do jeito mais torto possível.
Gosto quando as coisas fogem do controle, me atropelam, me arrastam pelos cabelos, me trucidam, me jogam contra a parede. Gosto de enfiar os pés pelas mãos, pisar na bola, cair de bunda no chão e me espatifar com a força do acidental.
Mas talvez seja utopia esperar por uma energia tão natural e brutal num mundo como o nosso em que as pessoas terminam namoros por WhatsApp.
Sílvia Marques é escritora, professora doutora e escreve regularmente na Obvious. Viciada em café, chocolate, vinho barato, dias nublados, filmes bizarros e pessoas profundas
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