Garota desbocada é um espaço visualmente tosco, ideologicamente irreverente, em que posto artigos politicamente incorretos sobre as minhas insatisfações e inquietações. Se quiser rir e praguejar comigo, entre e fique à vontade RS
Confundi tudo. Confundi ator com personagem. Demaquilei o ator e deixei-o fechado no camarim. Saí para a rua como personagem. Existiu sempre algo em mim que não se encaixava...uma bizarrice qualquer.
Notas foram de tom, disco de 33 rotações rodando a 45, as cores não harmonizavam muito bem e sempre tive mais sombras do que luzes.
Um jeito manso de falar com olhos de assassina. Modos suaves enquanto tudo berrava dentro de mim. Achava que o som vinha de outro lugar qualquer. Imaginava que os berros eram apenas ansiedade.
Confundi tudo. Achava que queria uma casa branca com cerquinha. Quero mais não ter hora para chegar a lugar algum.
Quero descer na estação errada só para ver se me encontro. Só para ter o pretexto de falar com desconhecidos.
Quero encontrar com esta desconhecida que mora dentro de mim e que é eu mesma.
Quero ficar até quando estiver bom e se for bom para sempre, só não comemorarei com champanhe todos os dias para não virar rotina.
Quero ir quando não der mais e voltar para mim mesma sempre.
Quero circular por terras estranhas e criar meus imprevistos só por diversão.
Não quero preencher formulários nem seguir protocolos. Quero fazer minhas regras contanto que elas sejam boas pra você.
Confundi tudo. Confundi ator com personagem. Demaquilei o ator e deixei-o fechado no camarim. Saí para a rua como personagem. Existiu sempre algo em mim que não se encaixava...uma bizarrice qualquer.
Notas foram de tom, disco de 33 rotações rodando a 45, as cores não harmonizavam muito bem e sempre tive mais sombras do que luzes.
Um jeito manso de falar com olhos de assassina. Modos suaves enquanto tudo berrava dentro de mim. Achava que o som vinha de outro lugar qualquer. Imaginava que os berros eram apenas ansiedade.
Confundi tudo. Achava que queria uma casa branca com cerquinha. Quero mais não ter hora para chegar a lugar algum.
Quero descer na estação errada só para ver se me encontro. Só para ter o pretexto de falar com desconhecidos.
Quero encontrar com esta desconhecida que mora dentro de mim e que é eu mesma.
Quero ficar até quando estiver bom e se for bom para sempre, só não comemorarei com champanhe todos os dias para não virar rotina.
Quero ir quando não der mais e voltar para mim mesma sempre.
Quero circular por terras estranhas e criar meus imprevistos só por diversão.
Não quero preencher formulários nem seguir protocolos. Quero fazer minhas regras contanto que elas sejam boas pra você.
Sílvia Marques é escritora, professora doutora e escreve regularmente na Obvious. Viciada em café, chocolate, vinho barato, dias nublados, filmes bizarros e pessoas profundas.
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