domingo, 10 de janeiro de 2016

Frida Y Diego: quando o amor não é pura encenação

Garota desbocada é um espaço visualmente tosco, ideologicamente irreverente, em que posto artigos politicamente incorretos sobre as minhas insatisfações e inquietações. Se quiser rir e praguejar comigo, entre e fique à vontade RS

Hoje fui assistir a peça teatral Frida y Diego, com Leona Cavalli e José Rubens Chachá. O texto foi escrito por Maria Adelaide Amaral e a direção foi realizada por Eduardo Figueiredo.

A peça fica em cartaz em Sampa, no teatro Raul Cortez, até dia 31 de janeiro. É uma opção imperdível para quem deseja conciliar entretenimento com uma boa dose de arte.

A vida em si de Frida e Diego, dois grandes pintores e intelectuais mexicanos é um show à parte. A estética do espetáculo é linda e conta com música ao vivo. A interpretação dos atores é carismática, o texto contundente e a direção vigorosa.

Frida movimenta-se amplamente no palco apesar de as suas limitações físicas , o que podemos entender como uma metáfora da liberdade do seu espírito.

Os diálogos são levemente cômicos e muito irreverentes. Uma montagem empolgante , mas que deixa um gostinho amargo na boca para os mais românticos como eu: deparar-se com tanta emoção por cerca de 90 minutos para depois cair novamente na modorra do dia a dia é jogo duro!

Ok.Ok.Ok. A vida deles , principalmente a de Frida foi trágica. Não é disso que me refiro. Mas à toda intensidade e passionalidade de uma vida autêntica.

O amor deles explodia na intimidade. Tinha sangue nas veias. Completamente diferente das insossas e artificiais declarações de amor que encontramos hoje em dia nas redes sociais como uma forma de provar aos outros e a si mesmos que estão vivendo algo importante. 

Frida e Diego jogam em nossas caras como a grande parte dos casais é fake. Frida Y Diego é um espetáculo para quem tem sangue nas veias e embriaguez na alma!

 



 
Sílvia Marques é escritora, professora doutora e escreve regularmente na Obvious.  Viciada em café, chocolate, vinho barato, dias nublados, filmes bizarros e pessoas profundas. 














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