Garota desbocada é um espaço visualmente tosco, ideologicamente irreverente, em que posto artigos politicamente incorretos sobre as minhas insatisfações e inquietações. Se quiser rir e praguejar comigo, entre e fique à vontade RS
Estou apaixonada pela página Coruja depressão. No meu tempo politicamente correto não a curtia, da mesma forma que adorava Pondé com ressalvas sérias, não curtia Contardo Calligaris e achava Tati Bernardi muito estranha e caótica.
Expandi meu horizonte de autores e gostos e hoje consigo apreciar o que para mim era niilismo na veia. Eu considerava estes autores pessimistas, amargos demais. Era uma daquelas que acreditava num mundo melhor...sorrio para mim mesma.
Hoje vejo que eles são apenas realistas, não douram a pílula, não tapam o sol com a peneira, não usam eufemismos nem meias palavras. Falam o que pensam. Mostram a vida sem filtros ou falsos ângulos favoráveis. Não há foto shop moral em seus textos. E não importa o quão jovem , atraente e ´"próspero" você seja. A vida é merda.
Sim, a vida é merda, perda. É um projeto trabalhado nos mínimos detalhes para dar errado, é um barco com o casco furado. Mesmo quando ganhamos algo muito especial, ainda assim, de alguma forma perdemos algo. Nem que seja o nosso gosto mórbido pela tristeza. Ser triste é que nem cachaça. Vicia. Não é à toa que vemos tanta gente se estapeando e fazendo homéricos sacrifícios para beijar a infelicidade.
A felicidade é como uma moça bonitinha, rasa, que sorri com aquela cara mais ou menos. A tristeza te olha na alma e você não resiste a ela. Ao seu perfume adocicado, seu batom vermelho, seu olhar desolado.
Pela primeira vez não faço listinha mental de metas para realizar em 2016 nem enviarei mensagens motivadoras aos meus amigos.
Não acenderei vela, não usarei calcinha nova, não farei o balanço do ano nem direi para mim mesma que 2016 será melhor. Apenas viverei cada dia como tenho vivido nos últimos meses: usufruindo do meu quinhão de alegrias e chorando as minhas lágrimas internas quando a dor aperta. Me agarrando à verdade de que tudo é provisório e de que lá no fundo nada muda.
Estou apaixonada pela página Coruja depressão. No meu tempo politicamente correto não a curtia, da mesma forma que adorava Pondé com ressalvas sérias, não curtia Contardo Calligaris e achava Tati Bernardi muito estranha e caótica.
Expandi meu horizonte de autores e gostos e hoje consigo apreciar o que para mim era niilismo na veia. Eu considerava estes autores pessimistas, amargos demais. Era uma daquelas que acreditava num mundo melhor...sorrio para mim mesma.
Hoje vejo que eles são apenas realistas, não douram a pílula, não tapam o sol com a peneira, não usam eufemismos nem meias palavras. Falam o que pensam. Mostram a vida sem filtros ou falsos ângulos favoráveis. Não há foto shop moral em seus textos. E não importa o quão jovem , atraente e ´"próspero" você seja. A vida é merda.
Sim, a vida é merda, perda. É um projeto trabalhado nos mínimos detalhes para dar errado, é um barco com o casco furado. Mesmo quando ganhamos algo muito especial, ainda assim, de alguma forma perdemos algo. Nem que seja o nosso gosto mórbido pela tristeza. Ser triste é que nem cachaça. Vicia. Não é à toa que vemos tanta gente se estapeando e fazendo homéricos sacrifícios para beijar a infelicidade.
A felicidade é como uma moça bonitinha, rasa, que sorri com aquela cara mais ou menos. A tristeza te olha na alma e você não resiste a ela. Ao seu perfume adocicado, seu batom vermelho, seu olhar desolado.
Pela primeira vez não faço listinha mental de metas para realizar em 2016 nem enviarei mensagens motivadoras aos meus amigos.
Não acenderei vela, não usarei calcinha nova, não farei o balanço do ano nem direi para mim mesma que 2016 será melhor. Apenas viverei cada dia como tenho vivido nos últimos meses: usufruindo do meu quinhão de alegrias e chorando as minhas lágrimas internas quando a dor aperta. Me agarrando à verdade de que tudo é provisório e de que lá no fundo nada muda.
Sílvia Marques é escritora, professora doutora e escreve regularmente na Obvious. Viciada em café, chocolate, vinho barato, dias nublados, filmes bizarros e pessoas profundas.
As vezes mudamos,e nem percebemos, e sem me conhecer, ou se quer saber que eu existo, me ajudou a mudar o foco ou desfocar e experimentar caminhos novos,e te digo tô gostando.
ResponderExcluirEste é o tipo do comentário que funciona como bálsamo para a alma triste de qualquer autor. Obrigada!
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