Garota desbocada é um espaço visualmente tosco, ideologicamente irreverente, em que posto artigos politicamente incorretos sobre as minhas insatisfações e inquietações. Se quiser rir e praguejar comigo, entre e fique à vontade RS
Sim, estou loucamente apaixonada. Apaixonada pelo Netflix. Quase subindo pelas paredes e jurando amor eterno, embora saiba que dentro de algumas semanas ou meses, dormirei de bunda para o meu PC, bocejando entediada e tentando descobrir o que vi de tão maravilhoso no Netflix.
Mas por enquanto quero viver esta paixão ardente , que nada me cobra, pelo menos não no primeiro mês de uso. Quero dormir muitas noites com o PC em meu colo conectado em algum filme papo cabeça ou em um romance anticonvencional.
Quero rever os clássicos e assistir muitos filmes de terror bizarros com as luzes do quarto apagadas, mergulhando batatinhas fritas num copinho com Ketchup. E no sabor da batata empapada de Ketchup, quero sentir mais uma vez o gostinho da minha adolescência que insiste em permanecer em mim.
Quero saltar ansiosa do metrô , subir alucinada as escadas rolantes, louca para chegar em casa e assistir a mais um filme debaixo de um cobertor, com a janela fechada e o ventilador ligado, fingindo que é inverno, fingindo que é fim de tarde, fingindo que as paixões são eternas. Fingindo que posso congelar o tempo e as emoções dentro de mim.
Eu que já sonhei com romances homéricos, hoje me sinto feliz saboreando uma porção de frango apimentado no restaurante coreano perto do meu trabalho ou tomando uma boa taça de vinho antes do almoço.
Mastigo as sobrecoxas apimentadas e banhadas no mel com os olhos semicerrados, sentindo um prazer mais do que erótico. Amor sem culpa. Amor sem promessas. É só devorar o petisco de olhos fechados, pagar a conta e voltar feliz para casa. Satisfeita.
Voltar para casa e para o meu Netflix: paixão brutal. Sinto que ele me perguntará sobre meu almoço coreano, mas basta eu aconchegar o PC confortavelmente em meu colo quente que ele se esquece de dar um ataque de ciúmes. E voltamos a ser apenas eu e ele.
Sim, estou loucamente apaixonada. Apaixonada pelo Netflix. Quase subindo pelas paredes e jurando amor eterno, embora saiba que dentro de algumas semanas ou meses, dormirei de bunda para o meu PC, bocejando entediada e tentando descobrir o que vi de tão maravilhoso no Netflix.
Mas por enquanto quero viver esta paixão ardente , que nada me cobra, pelo menos não no primeiro mês de uso. Quero dormir muitas noites com o PC em meu colo conectado em algum filme papo cabeça ou em um romance anticonvencional.
Quero rever os clássicos e assistir muitos filmes de terror bizarros com as luzes do quarto apagadas, mergulhando batatinhas fritas num copinho com Ketchup. E no sabor da batata empapada de Ketchup, quero sentir mais uma vez o gostinho da minha adolescência que insiste em permanecer em mim.
Quero saltar ansiosa do metrô , subir alucinada as escadas rolantes, louca para chegar em casa e assistir a mais um filme debaixo de um cobertor, com a janela fechada e o ventilador ligado, fingindo que é inverno, fingindo que é fim de tarde, fingindo que as paixões são eternas. Fingindo que posso congelar o tempo e as emoções dentro de mim.
Eu que já sonhei com romances homéricos, hoje me sinto feliz saboreando uma porção de frango apimentado no restaurante coreano perto do meu trabalho ou tomando uma boa taça de vinho antes do almoço.
Mastigo as sobrecoxas apimentadas e banhadas no mel com os olhos semicerrados, sentindo um prazer mais do que erótico. Amor sem culpa. Amor sem promessas. É só devorar o petisco de olhos fechados, pagar a conta e voltar feliz para casa. Satisfeita.
Voltar para casa e para o meu Netflix: paixão brutal. Sinto que ele me perguntará sobre meu almoço coreano, mas basta eu aconchegar o PC confortavelmente em meu colo quente que ele se esquece de dar um ataque de ciúmes. E voltamos a ser apenas eu e ele.
Sílvia Marques é escritora, professora doutora e escreve regularmente na Obvious. Viciada em café, chocolate, vinho barato, dias nublados, filmes bizarros e pessoas profundas.
rsrsrs Eu amo o Netflix também!
ResponderExcluirEstou muito viciada, Fê RS Estou tendo a oportunidade de rever filmes antigos que eu não encontrava mais. Muito bom!
ExcluirVocê escreveu:
ResponderExcluirVoltar para casa e para o meu Netflix: paixão brutal. Sinto que ele me perguntará sobre meu almoço coreano, mas basta eu aconchegar o PC confortavelmente em meu colo quente que ele se esquece de dar um ataque de ciúmes. E voltamos a ser apenas eu e ele.
É sério? Dá para amar algo que se paga para assistir, tendo o The Pirate Bay com ifinitas opções, e muitos filmes não lançados, ou recém lançados. Para mim você é tola por pagar para assistir a filmes.
Vc provavelmente também deve achar tolo quem paga os impostos e as contas em dia.
ResponderExcluirEu pago meus impostos e todas as contas. O The Pirate Bay está disponível para todos. Não vejo mal em utilizar dele. Eu acumulo em HDs todos os filmes a que assisti. Tenho um sonho (poupo para isso) de montar um novo cineclube em Campinas, onde moro, e as 2as. feiras exibir filmes gratuitamente, mas o capital necessário para um cineclube gira em torno de 400 mil. Um sonho mais viavel é abrir uma sala de projeção, pequena, para uns dez espectadores. Exibir todos os filmes baixados e cobrar como ingresso 1 kg de alimento não perecível e doa-lo para instituições de caridade. O CINE EDIFLIX. Em poucoa anos eu conseguirei. Já tenho 49 ano, sou aposentado devido à sequelas de atropelamento, ávido espectador de filmes. Não me julgo infrator. Quem o comete são os donos do Pirate Bay. Eu só recolho o que está disponível na internet. Boa sorte...
ResponderExcluirRespeito o seu ponto de vista, mas em minha opinião prestigiar um site fraudulento é compactuar com ele. É o mesmo que comprar um objeto que vc sabe que foi roubado. Mas mudando de assunto, eu escrevi por um ano roteiros para um canal de TV universitário. Tinha programa de literatura, cinema ( meu favorito) dicas de estudo. E os seus roteiros? Vc escreve sobre quais temas?
ExcluirEu já escrevi uns dez roteiros de ficção, entre curtas e longa. Sou um autodidata. Li um Robert McKee, mas acho importante assistir a filmes. Você escreve roteiros?
ResponderExcluirSilvia, eu comecei a escrever roteiros as avessas. O primeiro, um longa metragem, imaginei cena por cena, durante quase dois anos, somente no pensamento. É um "cult movie", "Alma Nua" sobre um homem que detem o poder de saber o que pessoas próximas estão pensando. O criei entre 1995 e 1997, portanto antes da comédia "Do Que as Mulheres Gostam".
ResponderExcluirEscrevi dois tratamento de "Alma Nua" em 2003 e 2005. Dei uma parada em 2006/07 e em 2008 retomei, escrevendo curtas de ficção. Escrevi "Noite de Sábado" e logo uma amiga me revelou que o roteiro era bem ao estilo de "Twilight Zone" ("Além da Imaginação"). Escrevi outros cinco neste mesmo estilo, além de outros três que nao fazem parte da série. Inscrevi um projeto para produção do curta " Noite de Sábado" no PROAC em 2012, mas a produtora não teve êxito na captação de recursos. O reinscrevi este ano, agor com outra produtora, mas o projeto foi reprovado no último minuto do segundo tempo por infração reincidente: faltou uma frase de cessao de direitos à secretaria numa declaração. Com isso eu acabei desistindo de ter um roteiro produzido e vou ficar assistindo aos filmes que faço continuamente. Aposentei-me ppor invalidez devido a sequela de um atropelamento: tive um traumatismo craniano e por isso me enfraqueci muito. Assim fico assistindo aos filmes. Esse ano assisti a 130 e quero atingir 139 filmes, marca inferior a 2014 (156) mas estou mais criterioso: assisto a filmes com minimo 7,0 no IMDB. Beijo, até a próxima.