Garota desbocada é um espaço visualmente tosco, ideologicamente irreverente, em que posto artigos politicamente incorretos sobre as minhas insatisfações e inquietações. Se quiser rir e praguejar comigo, entre e fique à vontade RS
Talvez, por ter sido uma criança de saúde muita debilitada, que qualquer ventinho punha de cama, com febre alta, a chuva virou para mim uma espécie de signo do fruto proibido.
A vida é cheia deles. Parece que estamos sempre condenados a não ter o que mais queremos ou ainda queremos por não termos.
Hoje, ao andar debaixo da chuva, sinto um estranho prazer. O prazer daqueles que andam sem pressa pois não tem mais onde chegar. O prazer daqueles que não temem mais o futuro por não acreditar mais nele.
Sinto-me uma turista no mundo. Alguém que chegou a uma cidade desconhecida com uma mochila nas costas, uma vaga ideia dos hábitos locais.
Sinto-me uma turista que anda pela rua em busca de um hotel barato que ofereça uma cama macia e alguma coisa para comer.
Olho a tudo e a todos com algum distanciamento. Um sorriso de canto de boca. Um olhar blasé e minimalista. O mundo é um lugar hostil, mas já não me importa.
Vivo o momento. Bebo do copo dos amigos, me embriago com cerveja gelada e risos quentes. Me deixo levar sem esperar por grandes pontos de virada. Nada nem ninguém há de me salvar. Estou sozinha. Esboço mais um sorriso para mim mesma enquanto sinto a chuva lavar a minha alma.
Talvez, por ter sido uma criança de saúde muita debilitada, que qualquer ventinho punha de cama, com febre alta, a chuva virou para mim uma espécie de signo do fruto proibido.
A vida é cheia deles. Parece que estamos sempre condenados a não ter o que mais queremos ou ainda queremos por não termos.
Hoje, ao andar debaixo da chuva, sinto um estranho prazer. O prazer daqueles que andam sem pressa pois não tem mais onde chegar. O prazer daqueles que não temem mais o futuro por não acreditar mais nele.
Sinto-me uma turista no mundo. Alguém que chegou a uma cidade desconhecida com uma mochila nas costas, uma vaga ideia dos hábitos locais.
Sinto-me uma turista que anda pela rua em busca de um hotel barato que ofereça uma cama macia e alguma coisa para comer.
Olho a tudo e a todos com algum distanciamento. Um sorriso de canto de boca. Um olhar blasé e minimalista. O mundo é um lugar hostil, mas já não me importa.
Vivo o momento. Bebo do copo dos amigos, me embriago com cerveja gelada e risos quentes. Me deixo levar sem esperar por grandes pontos de virada. Nada nem ninguém há de me salvar. Estou sozinha. Esboço mais um sorriso para mim mesma enquanto sinto a chuva lavar a minha alma.
Sílvia Marques é escritora, professora doutora e escreve regularmente na Obvious. Viciada em café, chocolate, vinho barato, dias nublados, filmes bizarros e pessoas profundas
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