Garota desbocada é um espaço visualmente tosco, ideologicamente irreverente, em que posto artigos politicamente incorretos sobre as minhas insatisfações e inquietações. Se quiser rir e praguejar comigo, entre e fique à vontade RS
Deito na cama e sinto o calor modorrento grudar em minha pele como uma lembrança distante e persistente.
Olho para dentro de mim e percebo que às vezes é preciso virar o copo de uma só vez. Que é preciso virar o copo com fúria, engolindo sem pensar uma dose de algo que a gente não sabe bem o que é.
Viver é acordar no meio da noite, no escuro. É apalpar as paredes de uma casa desconhecida, em busca de um gole de água gelada que engane por alguns segundos uma insuportável sede que nos golpeia.
Viver é agarrar-se a qualquer coisa vaga para continuar sentindo o assoalho debaixo dos pés descalços. É tecer no ar versos de uma poesia que nunca chega ao final.
Sim, a vida é poesia de versos livres. É soneto com 13 ou 15 versos. É uma mulher linda arrastando uma perna com olhos cheios de uma paixão devastadora.
Viver é se rasgar pelos galhos secos da floresta. É atirar-se de abismos imaginários só para sentir o efeito que tal queda causa.
Viver é recriar as cores da mente em busca da pintura mais passional.
Viver é acumular cicatrizes. É transformar-se numa caricatura de si mesmo.
Sim, é preciso virar um copo com e de fúria. É preciso trazer os olhos da alma chispando, os lábios profanos. É preciso gritar e gemer até o colapso da lucidez estridente dos insanos, dos apaixonados e de todos os seres errantes que vagam por estas terras miseráveis.
É preciso criar na mente leitos de pétalas coloridas para suportar este barro que entra pelos poros da alma. Que sinto em minha boca. Que sinto em teu beijo constrangido.
É preciso recriar-se furiosamente. É preciso enfiar a adaga o mais fundo que se pode para ver o sangue escorrer puro e limpo.
Deito na cama e sinto o calor modorrento grudar em minha pele como uma lembrança distante e persistente.
Olho para dentro de mim e percebo que às vezes é preciso virar o copo de uma só vez. Que é preciso virar o copo com fúria, engolindo sem pensar uma dose de algo que a gente não sabe bem o que é.
Viver é acordar no meio da noite, no escuro. É apalpar as paredes de uma casa desconhecida, em busca de um gole de água gelada que engane por alguns segundos uma insuportável sede que nos golpeia.
Viver é agarrar-se a qualquer coisa vaga para continuar sentindo o assoalho debaixo dos pés descalços. É tecer no ar versos de uma poesia que nunca chega ao final.
Sim, a vida é poesia de versos livres. É soneto com 13 ou 15 versos. É uma mulher linda arrastando uma perna com olhos cheios de uma paixão devastadora.
Viver é se rasgar pelos galhos secos da floresta. É atirar-se de abismos imaginários só para sentir o efeito que tal queda causa.
Viver é recriar as cores da mente em busca da pintura mais passional.
Viver é acumular cicatrizes. É transformar-se numa caricatura de si mesmo.
Sim, é preciso virar um copo com e de fúria. É preciso trazer os olhos da alma chispando, os lábios profanos. É preciso gritar e gemer até o colapso da lucidez estridente dos insanos, dos apaixonados e de todos os seres errantes que vagam por estas terras miseráveis.
É preciso criar na mente leitos de pétalas coloridas para suportar este barro que entra pelos poros da alma. Que sinto em minha boca. Que sinto em teu beijo constrangido.
É preciso recriar-se furiosamente. É preciso enfiar a adaga o mais fundo que se pode para ver o sangue escorrer puro e limpo.
Sílvia Marques é escritora, professora doutora e escreve regularmente na Obvious. Viciada em café, chocolate, vinho barato, dias nublados, filmes bizarros e pessoas profundas.
Existe alguma fenda que ainda alimenta com oxigênio essa chama que restou. E mesmo jogando água nela não vai apagar. Pois, a água dessa fonte não irá saciar tua sede de paixão. E é essa chamazinha que ainda aquece o coração é o que inspira poemas. E sentir a dor da queimadura dela as vezes é prazeroso. Mas, assim que a fúria acabar o amor tomará lugar. A paleta de tintas terá cores novas e vivas para ser pintada uma nova e imensa tela branca. Uma tela idêntica aquela que um dia foi pintada de um vermelho intenso. Um vermelho vibrante, igual ao sangue que é bombeado por um coração puro e limpo.
ResponderExcluirO que dizer para esta menina moça crescida poeta com a alma em carne viva banhada por uma groselha amarga?
ResponderExcluirO que eu posso dizer pra ela é a verdade. Não vou iludir! Eu sei que dói medicar a ferida em carne viva. A dor será gritante e me dói saber disso também. Mas, esse é o único processo de melhorar. Se imagine como uma águia. Ela também passa por um doloroso processo para um novo vôo. E logo você irá poder voar novamente. Do topo dos mais belos Alpes. E sobre a calda da groselha, ela não mudou o sabor doce. Ela apenas deu um toque a mais àquilo que já era bom. Quem já se viu chocolate ficar ruim?
ResponderExcluir