Garota desbocada é um espaço visualmente tosco, ideologicamente irreverente, em que posto artigos politicamente incorretos sobre as minhas insatisfações e inquietações. Se quiser rir e praguejar comigo, entre e fique à vontade RS
Ok. Preconceito é como peido. Em algum momento ou outro, a gente solta um. Mas seguindo a dinâmica do peido, é preferível soltá-los na privacidade do lar , de forma solitária e contemplativa.
Se não podemos evitar achar alguém ou um grupo social menos do que a gente, que guardemos este sentimento flatulento para nós. Melhor ainda: que antes de trancá-lo no coração como quem esconde uma joia caríssima , pare para pensar se o preconceito faz sentido. Não gostar e não concordar com determinadas condutas é uma coisa. Julgar o que não se conhece é outra.
Optar por um estilo de vida é uma coisa. Achar que quem optou por outro estilo é inferior é outra. Sim, admito que tenho meus preconceitos como todo ser humano com suas baixezas. Porém, não os alimento com frutas orgânicas nem filé mignon. Deixo-os passando fome, morrendo lentamente à mingua. Digo mais: apenas um recebe umas torradas com manteiga e geleia: o preconceito que sinto por quem tem preconceito em relação a tudo e a todos. Não gostar de X ou Y , ainda vai. De repente o sujeito ou sujeita namorou alguém daquele grupo social, levou um pé na bunda e pegou nojo. Dá para entender embora seja contra generalizações.
Por outro lado tem gente que não suporta ninguém, que julga a todos como se fosse o ban ban ban. Porque tal raça é menos inteligente , por aquela outra é preguiçosa, porque quem nasceu naquele estado é mentiroso e quem nasceu naquele outro tem um nariz torto...e quem tem outra religião é ingênuo ou burro e quem não tem nenhuma não é digno de confiança....ai!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
Até quando precisaremos dizer que todos nós fazemos parte da raça humana? Ninguém é obrigado a amar de paixão nada, mas se sentir superior e jogar isso na cara dos outros é uma merda. Mais do que isso. É inteligência limitada. É caso de saúde mental grave. Deveriam classificar uma nova categoria de fobia: a babaquicefobia. Sim, sou babacofóbica. Tenho horror de babacas. Sinto uma vontade quase que incontrolóvel de mandar a todos tomar naquele lugarzinho quente e íntimo....só não faço isso porque muitos na verdade gostariam e são tão amargos e chatos porque não tem coragem de tomar.
Sílvia Marques é escritora, professora doutora e escreve na Obvious regularmente. Viciada em café , chocolate , vinho barato, filmes bizarros e pessoas profundas.
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