Garota desbocada é um espaço visualmente tosco, ideologicamente irreverente, em que posto artigos politicamente incorretos sobre as minhas insatisfações e inquietações. Se quiser rir e praguejar comigo, entre e fique à vontade RS
Gosto da instabilidade criativa das coisas que estão no meio. No meio do caminho, no meio de dois extremos, no meio de uma taça , envenenando o vinho com curiosa maledicência.
Gosto dos jogos de nuances das possibilidades múltiplas. Gosto do tremor das coisas que estão entre a dureza das certezas categóricas e ingênuas. Todo categórico é bastante ingênuo.
Gosto de não caber em nenhuma caixinha colorida enfeitada por um tule cor de rosa. Gosto da perplexidade das emoções que dançam diante dos nossos olhos , mas não se deixam capturar.
Gosto de capturar o momento, seu frenesi, seu gosto que sorri entre a uva e o vinho. Gosto do furta cor que pode correr ou deslizar para o lado que bem entender , ao sabor da sua vontade.
Gosto da inconsistência das meias certezas, das verdades fragmentadas. Me sinto firme onde a terra se move, onde sinto que posso cair , mas que sempre haverá uma mão sensível para me segurar.
Gosto da delicadeza da relatividade. Gosto da delicadeza daqueles que conduzem e se deixam conduzir num afetuoso jogo de amor.
Gosto da sabedoria melancólica e frágil daqueles que sabem que nada podem. Gosto do teu sorriso de fracasso e ofereço meus lábios com gosto de tempo perdido. Desperdício...o mais trêmulo tema para uma poesia. Sabemos que o jogo está perdido. Sempre esteve, antes de nós mesmos , antes das primeiras palavras formarem o primeiro verso, o primeiro grito, o primeiro gemido. Gemo.
Descobre suas verdades mergulhando em minhas incertezas. E eu as cubro mais uma vez com novas dúvidas. As que vejo em teus olhos. Nos olhos que carregam o mesmo gosto de tempo perdido que possuo em meus lábios.
Cada momento forte é uma morte. Cada vez que te vejo...mal toco tuas mãos com as minhas e um minuto já se foi...um minuto a menos...um minuto mais perto da nossa morte...da morte do nosso enlaçar...a morte do nosso encontro inevitável e caótico. Acaso. Destino. Pouco importa.
Gosto da instabilidade criativa das coisas que estão no meio. No meio do caminho, no meio de dois extremos, no meio de uma taça , envenenando o vinho com curiosa maledicência.
Gosto dos jogos de nuances das possibilidades múltiplas. Gosto do tremor das coisas que estão entre a dureza das certezas categóricas e ingênuas. Todo categórico é bastante ingênuo.
Gosto de não caber em nenhuma caixinha colorida enfeitada por um tule cor de rosa. Gosto da perplexidade das emoções que dançam diante dos nossos olhos , mas não se deixam capturar.
Gosto de capturar o momento, seu frenesi, seu gosto que sorri entre a uva e o vinho. Gosto do furta cor que pode correr ou deslizar para o lado que bem entender , ao sabor da sua vontade.
Gosto da inconsistência das meias certezas, das verdades fragmentadas. Me sinto firme onde a terra se move, onde sinto que posso cair , mas que sempre haverá uma mão sensível para me segurar.
Gosto da delicadeza da relatividade. Gosto da delicadeza daqueles que conduzem e se deixam conduzir num afetuoso jogo de amor.
Gosto da sabedoria melancólica e frágil daqueles que sabem que nada podem. Gosto do teu sorriso de fracasso e ofereço meus lábios com gosto de tempo perdido. Desperdício...o mais trêmulo tema para uma poesia. Sabemos que o jogo está perdido. Sempre esteve, antes de nós mesmos , antes das primeiras palavras formarem o primeiro verso, o primeiro grito, o primeiro gemido. Gemo.
Descobre suas verdades mergulhando em minhas incertezas. E eu as cubro mais uma vez com novas dúvidas. As que vejo em teus olhos. Nos olhos que carregam o mesmo gosto de tempo perdido que possuo em meus lábios.
Cada momento forte é uma morte. Cada vez que te vejo...mal toco tuas mãos com as minhas e um minuto já se foi...um minuto a menos...um minuto mais perto da nossa morte...da morte do nosso enlaçar...a morte do nosso encontro inevitável e caótico. Acaso. Destino. Pouco importa.
Sílvia Marques é escritora, professora doutora e escreve regularmente na Obvious. Viciada em café, chocolate, vinho barato, dias nublados, filmes bizarros e pessoas profundas.
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