Garota desbocada é um espaço visualmente tosco, ideologicamente irreverente, em que posto artigos politicamente incorretos sobre as minhas insatisfações e inquietações. Se quiser rir e praguejar comigo, entre e fique à vontade RS
Já disse Shakespeare que a vida era cheia de som e fúria e que no final das contas não dava em nada, não significava nada. Cada vez mais saboreio deste pensamento niilista degustando emoções e reflexões junto com um bom parmesão.
Sim, a vida tem muito som e muita fúria e de repente milhares de peças de um quebra-cabeça gigantesco e confuso parecem se unir.
Mas quando está tudo praticamente montado, a gente percebe que ficou faltando alguma coisa. Aí, a gente se pergunta: desperdicei meu tempo e energia juntando o que deveria ficar separado? Perdi meu tempo tentando dar algum sentido e dignidade àquilo que é apenas caos furioso e lindo?
Não me parece que a vida faça muito sentido. Não me parece que algum encontro ou desencontro nos salvará de algo maior ou menor ou quem sabe , de nós mesmos.
Acredito em pequenas lições diárias. Em experiências que nos fazem crer que aprendemos a nos orientar. Algumas podem até nos orientar mesmo...
Mas não creio mais numa grande lição, num grande ensinamento. A vida é feita na pequenez, no detalhe , na alegria ínfima e efêmera de um beijo de amor com gosto de vinho e senso artístico.
A vida é feita no cheiro do café , no abraço morno antes de dormir, na cumplicidade de uma ideia louca , de um riso cúmplice, de uma conversa insanamente inteligente.
A vida é renda fina. Linda e espetacular por sua fragilidade. É perfume que se perde no ar. É flor que murcha ao amanhecer.
Sim, flores murcham rapidamente e nem por isso nos perguntamos qual é o sentido delas.
Já disse Shakespeare que a vida era cheia de som e fúria e que no final das contas não dava em nada, não significava nada. Cada vez mais saboreio deste pensamento niilista degustando emoções e reflexões junto com um bom parmesão.
Sim, a vida tem muito som e muita fúria e de repente milhares de peças de um quebra-cabeça gigantesco e confuso parecem se unir.
Mas quando está tudo praticamente montado, a gente percebe que ficou faltando alguma coisa. Aí, a gente se pergunta: desperdicei meu tempo e energia juntando o que deveria ficar separado? Perdi meu tempo tentando dar algum sentido e dignidade àquilo que é apenas caos furioso e lindo?
Não me parece que a vida faça muito sentido. Não me parece que algum encontro ou desencontro nos salvará de algo maior ou menor ou quem sabe , de nós mesmos.
Acredito em pequenas lições diárias. Em experiências que nos fazem crer que aprendemos a nos orientar. Algumas podem até nos orientar mesmo...
Mas não creio mais numa grande lição, num grande ensinamento. A vida é feita na pequenez, no detalhe , na alegria ínfima e efêmera de um beijo de amor com gosto de vinho e senso artístico.
A vida é feita no cheiro do café , no abraço morno antes de dormir, na cumplicidade de uma ideia louca , de um riso cúmplice, de uma conversa insanamente inteligente.
A vida é renda fina. Linda e espetacular por sua fragilidade. É perfume que se perde no ar. É flor que murcha ao amanhecer.
Sim, flores murcham rapidamente e nem por isso nos perguntamos qual é o sentido delas.
Sílvia Marques é escritora, professora doutora e escreve regularmente na Obvious. Viciada em café, chocolate, vinho barato, dias nublados, filmes bizarros e pessoas profundas.
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