Garota desbocada é um espaço visualmente tosco, ideologicamente irreverente, em que posto artigos politicamente incorretos sobre as minhas insatisfações e inquietações. Se quiser rir e praguejar comigo, entre e fique à vontade RS
O amor é cheio de pequenas delicinhas. Prazeres simples, aparentemente desimportantes, sem glamour , mas que conferem à vida gosto de bolo de chocolate, daqueles bem fofinhos , que acabaram de sair do forno rumo à nossa boca faminta.
O amor é cheio de suspiros , gemidinhos, palavras ambíguas, sorrisos perigosos , gestos inoportunos. Gosto quando me beija no metrô. É inadequado, pouco gentil com quem volta cansado e sozinho para casa. "Que se dane!", pensa a menina vaidosa e egoísta que mora dentro de mim.
O amor é cheio de mesmices, de clichês, frases prontas e lugares comuns. Gosto quando pergunta se eu o amo . E não basta dizer que sim com meu sorriso torto, de canto de boca. Preciso dizer o quanto, como fazemos com as crianças.
Gosto quando se deixa conduzir por mim. Quando se entrega em minhas mãos , quando confia em minhas decisões sem prestar muita atenção, com a tranquilidade descuidada de alguém que se sente realmente em casa.
Com você , não preciso ser perfeita. Você se perde nos meus desvios e os seus delírios me fazem sorrir desesperadamente feliz.
Gosto do seu suspiro quando estou lendo um livro de Filosofia, com um ar displicente , de menina erudita, vestindo meu casaco bem comportado e meus óculos de vista vermelhos estridentes. Gosto quando me imagina mais inteligente do que sou.
Gosto quando me imagina mais desejada do que sou , mais surpreendente , mais irreverente, mais suja , mais sua.
Gosto quando me diz com o olhar mais limpo deste mundo que o nós será para sempre. E que sou linda e poética quando fecho os olhos para degustar melhor as suas e as minhas palavras...gosto de me fazer poesia , nua e crua , a pele da alma esfolada para me fazer ainda mais amada.
Gosto quando ri das minhas piadas abjetas e posso te dizer o quanto sou eu mesma, bebendo cerveja num copo barato.
Gosto quando sorri ingenuamente feliz, ao me ver chegando ao longe, com minha bolsa grande , meio hippie e bagunçada , com a minha sedução barata e minha beleza descuidada.
Gosto quando acena uma última vez na estação do metrô, antes de me dar um beijo rápido. Aquele beijo com gosto de cigarro e até logo, amanhã ou depois será minha novamente.
O amor é cheio de pequenas delicinhas. Prazeres simples, aparentemente desimportantes, sem glamour , mas que conferem à vida gosto de bolo de chocolate, daqueles bem fofinhos , que acabaram de sair do forno rumo à nossa boca faminta.
O amor é cheio de suspiros , gemidinhos, palavras ambíguas, sorrisos perigosos , gestos inoportunos. Gosto quando me beija no metrô. É inadequado, pouco gentil com quem volta cansado e sozinho para casa. "Que se dane!", pensa a menina vaidosa e egoísta que mora dentro de mim.
O amor é cheio de mesmices, de clichês, frases prontas e lugares comuns. Gosto quando pergunta se eu o amo . E não basta dizer que sim com meu sorriso torto, de canto de boca. Preciso dizer o quanto, como fazemos com as crianças.
Gosto quando se deixa conduzir por mim. Quando se entrega em minhas mãos , quando confia em minhas decisões sem prestar muita atenção, com a tranquilidade descuidada de alguém que se sente realmente em casa.
Com você , não preciso ser perfeita. Você se perde nos meus desvios e os seus delírios me fazem sorrir desesperadamente feliz.
Gosto do seu suspiro quando estou lendo um livro de Filosofia, com um ar displicente , de menina erudita, vestindo meu casaco bem comportado e meus óculos de vista vermelhos estridentes. Gosto quando me imagina mais inteligente do que sou.
Gosto quando me imagina mais desejada do que sou , mais surpreendente , mais irreverente, mais suja , mais sua.
Gosto quando me diz com o olhar mais limpo deste mundo que o nós será para sempre. E que sou linda e poética quando fecho os olhos para degustar melhor as suas e as minhas palavras...gosto de me fazer poesia , nua e crua , a pele da alma esfolada para me fazer ainda mais amada.
Gosto quando ri das minhas piadas abjetas e posso te dizer o quanto sou eu mesma, bebendo cerveja num copo barato.
Gosto quando sorri ingenuamente feliz, ao me ver chegando ao longe, com minha bolsa grande , meio hippie e bagunçada , com a minha sedução barata e minha beleza descuidada.
Gosto quando acena uma última vez na estação do metrô, antes de me dar um beijo rápido. Aquele beijo com gosto de cigarro e até logo, amanhã ou depois será minha novamente.
Sílvia Marques é escritora, professora doutora e escreve regularmente na Obvious. Viciada em café, chocolate, vinho barato, dias nublados, filmes bizarros e pessoas profundas.